Para quem imaginava Portugal como uma espécie de periferia da Europa, chegar em Lisboa foi uma surpresa. A chance de conhecer a cidade veio como um “brinde” pelo fato de termos chegado às 6 da manhã e nosso voo para Bissau só sair às 10 da noite.
Bem diferente da cidade cheia de casas antigas e decadentes que esperava conhecer, Lisboa parece uma maquete. As calçadas e o asfalto são impecáveis. Os prédios – antigos, mas extremamente bem conservados – me deram a impressão de uma cidade que sabe valorizar sua história e que consegue ser moderna sem abrir mão das suas raízes. Nada parecido nem mesmo com as regiões mais ricas das cidades brasileiras.
Como todo turista que se preze (ainda mais quando se tem apenas um dia para conhecer a cidade inteira), fomos logo fazer o city tour, naqueles ônibus abertos em cima, como os que existem no Brasil também. Nesse passeio, descobri que castelos e aquedutos existem de verdade e que Torre de Belém é mais do que o nome do azeite. Também fui experimentar o famoso pastel de Belém e o “bacalhau com batatas ao murro” (ler com sotaque português).
Chamou atenção o quanto a cidade está cheia de outdoors e cartazes de partidos políticos e do movimento estudantil. E lá as posições são bem claras, dando muito mais a ideia de um debate de propostas e visões (explicitamente) contraditórios do que da disputa do poder pelo poder. Cara de democracia de verdade…
O transporte público é uma atração à parte. Lisboa tem metrô, trem (no estilo CPTM), bonde, VLT, táxis baratos e ônibus de todos os tamanhos, com ar condicionado e paradas em que se pode ver quanto tempo falta para o próximo chegar (e que não ficam mostrando números aleatórios, ao contrário dos de Santos).
Mas depois de passar o dia experimentando novas comidas e disputando cada metro quadrado dos pontos turísticos com turistas franceses, espanhóis, ingleses, americanos e (claro) brasileiros, chegou a hora de voltar ao aeroporto. A partir da próxima postagem começo a falar sobre o motivo de ter criado esse blog: compartilhar minhas experiências em Guiné-Bissau, esse país que não passa meia-hora sem me surpreender novamente.
Bruno Martinelli
abr 16, 2011 @ 00:20:18
É… talvez o Manuel não seja assim tão burro… acho que os burros vieram pra cá hahaha
Madrinha
abr 18, 2011 @ 01:44:12
Querido Leo, fico feliz que tenha gostado da terra dos antepassados da sua madrinha… rs, rs, rs
Eu estive em Lisboa em 2000, com minha mãe e prima Neusa. Aliás, para ser exata chegamos dia 22 de abril de 2000, quando havia uma grande festa na cidade pelos 500 anos do (nosso) descobrimento, com direito a show de Daniela Mercury e outros tantos brasileiros, tudo enfeitado de verde e amarelo… muito bonito.
A cidade é realmente bonita, valoriza o tempo e mantém impecável sua deliciosa gastronomia.
Viver é isso: não desperdiçar a oportunidade que se apresenta. Parabéns, Leo, por aproveitar a vida!
Beijos da madrinha
(P.S.: o seu texto está impecável! Palavra de madrinha!!!!)
Kenzo
abr 22, 2011 @ 01:57:36
Li faz um tempo seus textos, Léozinho… mas só agora vi que dá pra comentar. E agora não sei direito o que falar, mas queria muito ver esses árabes discutindo o troco… me lembrou muito dois personagens que ficam discutindo direto no carro nos filmes do 11 Homens e 1 Segredo e etc… não sei se lembra ou viu…
Abraço e força, Léo!